Hauir
(Alexandre Jazara – letra e música)
Essa espada cravada em meu coração,
Gira o mundo com uma fixa visão.
Olhos atentos com a venda em colocação,
Perdem todos, e ganham poucos na multidão.
Passos em falso bem lá no alto,
Olhos a sua frente, fixados.
Embaixo o céu para cima o inferno,
Pulo no meio e faço um vôo prensado.
Ascender a luz é enxergar quem está em cima.
Ir para baixo é sufocar nas nuvens cinzas.
Voar para o alto é se tornar igual,
Neste paraíso cego, a luz que ilumina é sempre fatal.
A cruz de armas é que crucifica.
Tudo parado em papéis sujos de mentira.
Essa raiva e esse ódio desanimam.
Autopiedade, força de vontade, o tempo elimina.
A inteligência artificial, provoca as maiores intrigas.
Dois mundos em um mundo, em que nada se cria.
O espelho quebrado com tudo dobrado.
E essa indigestão aperta o coração, vendando a luz do dia.
Abra os olhos para o caminho sem fim.
Corra, voe ou ande, não tema o fim.
Fácil com um toque, não teria muro de Berlim.
Voando pelo espaço do ciclo sem fim.
Procurando nos autores o oculto,
Que nunca se ocultou.
Nos grandes nomes baseados,
Que o tempo nunca apagará.
O sonho apenas começando,
Infinitamente não será terminado.
Quem está aqui, depois lá,
Quando tudo estiver terminado, de começar.
São simples as respostas, está tudo no coração.
Quem agora enxerga o cego,
A espada que é a metade da resposta.
Voar é ir ao espaço, com o mundo nas costas.
A história por de trás da letra
Esta não chamada Hauir (Circulo eterno de destruição e construção da vida, um ciclo sem fim), foi criada entre 2003 e 2004, onde buscava em mim entender o mundo ao meu redor, mas estava cada vez mais decepcionado com tudo e todos que me cercavam, já que havia me perdido e não tinha como me salvar, ou quem pudesse fazer isto.
Era desta forma que via na época e por ser assim acabei de afogando entre meus cacos, pedaços e sangue, muitas vezes não conseguindo enxergar uma mão esticada, um amor verdadeiro (não aquele de homem e mulher, mas o fraterno).
Tinha mil preconceitos que me foram doados e vendidos como verdadeiros, como o amor é dor, depressão é frescura, suicídio é fraqueza e covardia. Onde a arte me era negada não por meus erros, mas pela visão cega das más experiências das pessoas que a me negavam e me torturavam com suas tristezas.
Esta sensibilidade musical unia-se a dor comprada de outros como “ídolos” de arte e música, mas era apenas a soma de uma dor e solidão interna, solidão na multidão, pelo despreparo dos que me rodeavam, das dores que carregava em mim, seja por visões distorcidas, seja por gestos travestidos.
Olhar um mundo em caos, onde só o caos iria acontecer e o apocalipse espreitava em cada esquina, mas não como uma revelação, mas sim como um terror noturno, de magos, dores e vozes na escuridão de meus olhos.
Música em vídeo
Aqui compartilho esta canção com a melhor versão atual que tenho disponível online, porém, futuramente, espero ter forças e alegria, para voltar a fazer da música minha liberdade e magia, onde poderia deixar-me mais leve e elevado. Um mundo onde tudo posso, basta apenas planejar e fazer começo, meio e fim, sem complicar, sem pesar, sem doer.
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Esta canção é parte do meu primeiro álbum HAUIR faixa 10. Vou providenciar a postagem do audio do CD em alguma plataforma online, só aguardar.
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Continua… não perca as próximas postagens…
01 – Nascimento do Hauir – 1ª parte
02 – Nascimento do Hauir – 2ª parte
Canções – 1ª Álbum – Hauir
Faixa 10 – Hauir – veja aqui